Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 0,9% na atividade econômica em agosto de 2019
O Monitor do PIB-FGV aponta, na análise da série dessazonalizada, crescimento de 0,9% na atividade econômica em agosto de 2019, em comparação a julho e, crescimento de 0,6% no trimestre móvel (jun-jul-ago) comparado ao trimestre findo em maio (mar-abr-mai). Na comparação interanual a economia cresceu 0,2% em agosto e retraiu 0,3% no trimestre findo em agosto.
Segundo Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, o resultado da economia melhorou em agosto na comparação com julho, com crescimento nas três grandes atividades econômicas. Embora na comparação com 2018 também tenha havido crescimento da economia em agosto, o desempenho positivo só ocorreu na agropecuária e nos serviços. Nesta comparação, a indústria apresentou sua terceira queda consecutiva explicada, principalmente, pelo fraco desempenho da transformação.
“Esses dados mostram que, embora a economia esteja crescendo nas comparações entre períodos consecutivos, não consegue manter um ritmo de crescimento substancial na comparação com os mesmos períodos de 2018. O reflexo disto é a trajetória descendente da taxa acumulada em 12 meses desde maio deste ano. Em quatro meses, houve redução desta taxa a quase metade chegando ao crescimento de apenas 0,7%, no acumulado até agosto” complementa Considera.
O crescimento de 0,9% da economia observado em agosto, na comparação com julho, foi influenciado pelo desempenho da agropecuária e da indústria que apresentaram crescimento de 1,7% e 1,1%, respectivamente. O resultado da indústria deve-se, principalmente, a extrativa e a eletricidade que cresceram mais do que 4%, neste mês. O crescimento da extrativa está associado ao aumento na produção de petróleo e também à recuperação dos níveis de produção de minério de ferro, após a retração no início do ano. Na comparação interanual, o crescimento de 0,2% da economia, em agosto, foi impulsionado, principalmente, pela agropecuária e pelos serviços. Apesar desse crescimento, vale destacar que atividades de extrema relevância para impulsionar a economia (como a transformação, o comércio e os transportes) retraíram nesta comparação. Pela ótica da demanda o único componente a crescer, na comparação interanual, foi o consumo das famílias, com uma elevação de 0,3%.
O estudo completo está disponível no site.