Pipeline de liderança: as 6 etapas para se tornar um bom líder
A liderança é uma habilidade bastante cobiçada por gestores quando eles mapeiam o mercado em busca de novos colaboradores, ou quando olham internamente aos talentos brutos.
Embora muitos acreditem no contrário, a liderança não é uma habilidade que se trata de um dom natural. Então, potencialmente, todo e qualquer indivíduo pode desenvolver as características necessárias para ocupar esses cargos.
Entre os diferentes modelos que se propõem a ensinar a arte de liderar, o pipeline de liderança tem destaque absoluto. A aplicação possibilita que os profissionais desenvolvam as competências necessárias para se tornar um líder de alta performance.
O que é pipeline de liderança?
O pipeline de liderança é um modelo de desenvolvimento de líderes que traça um caminho com seis transições, desde a liderança de si mesmo até a gestão de grandes empresas.
O processo foi criado pelo consultor de negócios Ram Charan em parceria com os consultores Stephen Drotter e James Noal. O livro The Leadership Pipeline: How to Build the Leadership Powered Company (John Wiley & Sons, 2010) foi publicado originalmente em 2000 e até hoje é utilizado com um guia para identificar e formar líderes nas empresas.
As 6 etapas do pipeline de liderança
O pipeline oferece um sistema de mensuração que identifica quando um profissional está pronto para avançar ao próximo nível. Além disso, ele reduz o período de tempo que normalmente leva para preparar o profissional para as principais posições dentro de grandes empresas.
No pipeline de liderança, as passagens são sistematizadas em seis principais estágios.
De gerenciar a si mesmo a gerenciar outros
Um dos aspectos mais difíceis desta transição é que os novos gestores agora passam a ser responsáveis por conquistar resultados a partir do trabalho de outros profissionais. E rejeitam essa transição no aspecto psicológico, demonstrando isso por meio dos comportamentos.
Sendo assim, os gestores precisam ter ciência das características de liderança de primeiro nível que os ajudará a cumprir as necessidades e maximizar o desempenho do time. Os gestores precisam parar de pensar em si mesmos e começar a pensar na equipe.
De gerenciar outros a gerenciar gestores
Apesar de muitas empresas desenvolverem programas de treinamento para gestores, poucas desenvolvem alguma qualificação para gestores de gestores. Este nível de liderança é diferente em relação a habilidades, aplicações de tempo e valores de trabalho.
Gestores de gestores são responsáveis pelo maior número de pessoas que atuam no trabalho prático da empresa. Com isso, a qualidade e a produtividade sofrem quando gestores de gestores não conseguem desempenhar seus papéis de forma eficiente.
De gerenciar gestores a gestor funcional
Para auxiliar no desenvolvimento desses gestores é importante os incluir em grupos de trabalho, equipes e comitês de gestores de diferentes funções e subfunções com diferentes históricos, habilidades e experiências.
Trabalhar de maneira eficiente com pessoas que são diferentes é uma ótima experiência de crescimento. Aliás, o melhor método envolve aprendizagem prática em atividades em que o gestor usa os dados, desafios e recursos da própria função em uma tarefa estratégica.
De gestor funcional a gestor de negócios
Ajudar a que gestores de negócio aprendam a valorizar todas as funções, além de montar e contar com fortes equipes, exige um número de ações. Neste caso, o chefe do gestor de negócios deve considerar:
Encorajar que o gestor de negócios passe tempo com os gestores funcionais, para depois refletir sobre o que ouviu;
Definir objetivos específicos para cada função do gestor de negócios, vinculando esses objetivos às funções de suporte;
Sugerir que o gestor de negócios crie o hábito de levar um gestor funcional em viagens corporativas, para que o gerente fique mais sintonizado com o valor de cada função.
De gestor de negócios a gestor de grupo
A experiência de desenvolvimento mais importante para gestores de grupo é gerir mais do que um negócio. Com isso, no melhor dos casos, esses gestores têm oportunidade de gerir negócios diversos.
Isso possibilita que eles deixem de saber apenas sobre um modelo de negócios e passem a experimentar diferentes modelos. Tal experiência os habilita a irem além da crença de que o modelo conhecido é o único.
De gestor de grupo a gestor corporativo
A liderança corporativa exige crenças diferentes das que são requeridas em outros níveis. Aliado a isso, para gestores que construíram as carreiras alcançando resultados de forma rápida e eficiente, avaliar resultados mais lentos e evolutivos pode ser um desafio.
Com isso, desistir de programas de ciclo longo antes que eles sejam implementados e conseguir resultados mensuráveis é uma falha comum de um CEO. Da mesma maneira, muitos CEOs têm dificuldades em avaliar somente três ou quatro objetivos principais.
O que fazer para desenvolver essa habilidade?
O primeiro passo, portanto, é o autoconhecimento. É preciso entender os pontos fortes e fracos para, assim, descobrir quais qualidades são necessárias focar em desenvolver. É importante encarar como um processo e, sendo assim, acompanhar o desenvolvimento é essencial.
O pipeline de liderança é uma ferramenta bastante valiosa para o desenvolvimento de líderes qualificados. A aplicação em empresas pode proporcionar grandes benefícios, visto que facilita a avaliação de desempenho e a identificação de talentos. Além disso, o pipeline facilita o planejamento da linha de sucessão.
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