COVID-19: Estudo avalia impactos da adoção da Renda Básica Emergencial na economia brasileira
Os pesquisadores do Centro de Estudos do Novo Desenvolvimentismo (CND) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), Marco Brancher, Guilherme Magacho e Rafael Leão, realizaram um estudo sobre os impactos econômicos do coronavírus e dos programas de renda básica emergencial (RBE).
A pesquisa buscou analisar os impactos sobre a renda e emprego da população brasileira e sobre o Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, analisou-se a proposição de um programa de Renda Básica Emergencial (RBE) de um salário mínimo (R$ 1.045,00) que contemplasse a população mais impactada pela crise, bem como os efeitos decorrentes deste programa sobre a renda, emprego e PIB. Os resultados obtidos foram comparados com a proposição de RBE de R$ 600,00, aprovada pelo Congresso Nacional.
Os pesquisadores verificaram que programa de RBE de um salário mínimo seria capaz de manter R$ 76,5 bilhões do PIB por mês, além de gerar 16,7 milhões de postos de trabalho. Este impacto se traduziria na prevenção da perda equivalente a 3,1% do PIB no ano de 2020 caso este programa se mantenha apenas num período de três meses. Já a proposta aprovada no Congresso, segundo esse estudo, seria capaz de gerar 7,1 milhões de postos de trabalho e uma injeção de R$ 32,6 bilhões mensais em termos de PIB, o equivalente a 1,3%.
A proposta do estudo foi a de ampliar as discussões sobre a necessidade de se implementar a renda básica emergencial no Brasil, seus impactos na economia e nos empregos.
O estudo completo está disponível no site.