Os maiores erros de um líder (e como consertá-los)

O mundo e o ambiente corporativo estão em constante transformação. Com isso, o capital intelectual está ganhando cada vez mais relevância e formar líderes é imprescindível para escalar as empresas. 

Aliás, em muitas organizações, como as de tecnologia, formar lideranças pode ser considerada a única forma de melhorar eficiência, gerando aumento da rentabilidade e, consequentemente, mais valor de mercado. No entanto, ainda é comum encontrarmos empresas que não sabem exatamente como desenvolver novas lideranças. 

Inclusive, de acordo com uma pesquisa divulgada pela consultoria Mckinsey, mais de 90% dos CEOs planejam aumentar os investimentos das suas empresas no desenvolvimento de lideranças. Os gestores vêem esta como uma das questões mais importantes enfrentadas pelas empresas atualmente. 

Por isso, para auxiliar os gestores, trouxemos abaixo uma lista com alguns erros comuns entre as lideranças e como resolvê-los.

1. O líder "guru"

Esta pode ser considerada a maior confusão entre os novos líderes: assumir que é responsabilidade deste profissional ter todas as respostas para todos os problemas que o time enfrenta. Nesta visão, o líder deveria ser uma espécie de oráculo, que ao ser consultado tem uma solução. 

Um verdadeiro líder deve fazer as perguntas certas para que o próprio time consiga pensar e chegar às soluções. Se um profissional, como líder, não deixa que o próprio time contribua com ideias e tome riscos, este líder poderá se ver isolado com uma equipe que age apenas para "apertar parafuso".

Portanto, para praticar a verdadeira liderança, é importante ter em mente que o líder, provavelmente, não tem a melhor resposta. E, é justamente para isso que ele é contratado: capacitar as pessoas da própria equipe.

Uma maneira prática de não cair neste erro, então, é incentivar o time a compartilhar as ideias, além de deixar claro que as que foram compartilhadas são importantes. O resultado que é possível de se observar é que, ao invés de se tornar um líder mais fraco, isso vai fazer com que o time admire este profissional e, consequentemente, ele se torne um líder inspirador.

2. O líder "amigão"

Este é aquele líder que orienta todas as tomadas de decisões com um objetivo: satisfazer o lado pessoal dos integrantes da equipe. Esta liderança tem uma preocupação constante em promover pessoas, deixando-as felizes, mas ao mesmo tempo, não consegue entregar nenhum resultado. 

Vale lembrar que olhar para as pessoas de uma equipe é essencial, mas não adianta se o resultado não for entregue. Um líder precisa otimizar para o coletivo e nunca para o indivíduo. 

As tomadas de decisões de um líder devem olhar para o bem do grupo e da empresa, de maneira geral, respeitando os indivíduos. Se o olhar for direcionado apenas para agradar uma ou várias pessoas de um grupo, é bem provável que o resultado seja prejudicado.

Sendo assim, é importante que o líder absorva as incertezas internas e mantenha a equipe focada em um objetivo específico. Além disso, acompanhar metas e compartilhar informações com os liderados é fundamental para garantir as entregas sem grandes surpresas.

3. O líder "carrasco"

Considerado o oposto do líder "amigão", este gestor apresenta preocupações apenas com a entrega de resultados. Ele demonstra se importar com os anseios e os desejos dos profissionais integrantes do time. Nesse formato de gestão, os resultados até podem vir no curto prazo, porém, no médio prazo os liderados perdem motivação e param de produzir.

Nesta situação, é importante pensar em como é possível contribuir para desenvolver os membros da equipe profissionalmente e pessoalmente. Entre os questionamentos que esse gestor pode fazer estão: Estou de fato proporcionando autonomia para que a equipe aprenda a pensar e não apenas a executar? Estou orientando para que eles possam desenvolver competências que os tornem mais eficientes? Além disso, eu os inspira compartilhando o propósito (o motivo) pelo qual a equipe foi formada? Estes são alguns exemplos de questões a se pensar, para ter uma visão mais orientada a pessoas.

4. O líder que não está próximo ao time

Para este último perfil de líder, há uma hierarquia que deve ser respeitada e por isto, os líderes não deveriam estar próximos aos seus liderados. Com isso, é criada uma relação mais de comando e controle do que de equipe em si. O pensamento deste perfil de líder é que, caso ele fique muito próximo dos membros da equipe, o respeito será perdido. 

Este formato de pensamento pode ser considerado um dos maiores erros que um líder pode cometer. Independentemente de quaisquer teorias relacionadas à liderança, é essencial que o gestor esteja próximo da sua equipe. E, mais do que apenas fisicamente, é importante estar emocionalmente próximo a todas as pessoas que ele lidera.

Por fim, podemos concluir que liderar não é um trabalho fácil. Muitos profissionais anseiam por se tornarem líderes em suas carreiras, mas poucos conseguem ter a real dimensão da responsabilidade que isso trás. 

Um ponto importante que vale destacar é que é praticamente impossível aprender sobre liderança somente lendo livros ou assistindo palestras. Liderança se aprende na prática, errando e aprendendo, e deve ser encarada como uma jornada de evolução do gestor.

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